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    Extras - Crepúsculo - Remix do baile estendido

    01/04/2005

    (Notas: Essa parte é recompensa própria no máximo. Eu estava só fazendo festa, cheia de lacinhos e tiaras rosas, bem menininha, com a idéia do baile de formatura. Leia por seu próprio risco.)

    Remix do baile estendido

    - Quando você vai me contar o que está acontecendo, Alice?
    - Você verá, seja paciente. – ele ordeou, sorrindo diabolicamente.
    Nós estávamos na minha caminhonete, mas ela estava dirigindo. Mais três semanas e eu estaria fora do gesso, e então eu ia ser muito firme com toda a história do serviço de chofer. Eu gostava de dirigir.
    Era fim de maio, e de algum jeito a terra ao redor de Forks estava encontrando meios de ficar ainda mais verde que o comum. Era lindo, claro, e eu estava ficando mais conformada com a floresta, a maior parte disso devido ao fato que eu passava muito mais tempo nela que o usual. Não éramos amigas ainda, a natureza e eu, mas estávamos ficando mais próximas.
    O céu estava cinza, mas isso era bem-vindo também. Era um cinza perolado, não estava nublado e nem chovia, quase quente o suficiente para mim. As nuvens estavam grossas e seguras, o tipo de nuvens que se tornaram agradáveis para mim, pela liberdade que elas garantiam.
    Mas fora esse ambiente agradável, eu estava me sentindo irritada. Parcialmente por causa do comportamento estranho da Alice. Ela tinha insistido absolutamente num dia só de garotas nesse sábado de manhã, me levando até Port Angeles para nós irmos à manicure e pedicure, se recusando a aceitar o tom de rosa modesto que eu queria, mandando a manicure me pintar com um cintilante vermelho escuro – e indo mais longe e insistido em pintar as unhas do meu pé no gesso também.
    Então ela me levou para fazer compras, embora eu só conseguisse experimentar metade de cada roupa. Contra meus vigorosos protestos, ela me comprou um par dos stilletos mais caros e impraticáveis – coisas que pareciam perigosas, que se seguravam só por grossos fitas de cetin que cruzavam pelo meu pé e se amarravam num laço no meu tornozelo. Eram de um azul profundo, e uma explicação em vão, eu tentei argumentar que não tinha nada que ia combinar com eles. Mesmo com o meu closet embaraçosamente cheio com as roupas que ela tinha comprado pra mim em Los Angeles – a maioria delas ainda muito leve para usar em Forks – eu tinha certeza de que não tinha nada naquele tom. Mesmo se eu tivesse alguma coisa parecida com aquela escondida em algum canto no meu armário, minhas roupas não fazia muito o estilo de saltos stilettos. Eu não fazia o estilo de saltos stilettos – não conseguia andar direito nem só de meias. Mas minha lógica incontestável era um desperdiço com ela. Ela nem respondia.
    - Bom, eles não são de Biviano, mas vão ter que servir. – ela murmurava desconcertantemente, e então não falava mais enquanto soltava o cartão de crédito nos funcionários impressionados.
    Ela me deu o almoço pela janela de um drive trhu de uma lanchonete, me dizendo que eu teria que comer no carro, mas se recusando a explicar a razão da pressa. Mais de uma vez eu tive que lembrá-la que a minha picape simplesmente não era capaz de ir tão rápido quanto carros esportivos, mesmo com as modificações de Rosalie, e por favor que desse um tempo para a pobre coisa. Geralmente Alice era minha chofer preferida. Ela não se importava em dirigir a meros 30 ou 40 km/h acima do limite de velocidade, enquanto outras pessoas simplesmente não aguentavam.
    Mas a agenda secreta de Alice era só metade de problema, claro. Eu também estava pateticamente ansiosa porque não via o rosto de Edward em quase seis horas, e isso tinha que ser um recorde por pelo menos os últimos dois meses.
    Charlie tinha sido difícil, mas não impossível. Ele estava conformado com a presença constante do Edward quando ele voltava para casa, não achando nada para reclamar quando ele sentava por cima do nosso dever de casa na mesa da cozinha – ele até parecia gostar da companhia do Edward quando eles gritavam juntos assistindo jogos na ESPN. Mas ele não tinha perdido nada de sua severidade quando ele cruelmente segurava a porta aberta para o Edward, precisamente às dez da noite toda a noite durante a semana. Claro que o Charlie era completamente inconsciente da habilidade do Edward de levar seu carro para casa e voltar para a minha janela em menos de dez minutos.
    Ele era muito mais agradável com Alice, algumas vezes chegava a dar vergonha. Obviamente, até eu ter trocado o gesso gigante por um mais maleável, eu precisava de uma ajuda feminina. Alice era um anjo, uma irmã; toda a noite e toda a manhã ela aparecia para me ajudar com as minha rotina diária. Charlie ficou enormemente grato de ser poupado do horror de uma filha quase adulta que precisava de ajuda para tomar banho – esse tipo de coisa estava muito além da sua zona confortável, e da minha também, no caso. Mas foi com mais que gratidão que Charlie começou a chamá-la de “anjo”, como um apelido, e a olhava com olhos espantados enquanto ela dançava sorridente pela casa pequena, a iluminando. Nenhum humano falhava em ser afetado por sua graciosidade e beleza incríveis, e quando ela deslizava pela porta toda a noite com um “Vejo você amanhã, Charlie”, e o deixava atordoado.
    - Alice, vamos para casa agora? – eu perguntei agora, as duas entendendo que eu falava da casa branca perto do rio.
    - Sim – ela sorriu, me conhecendo. – Mas o Edward não está lá.
    Eu fiz uma careta. – Onde ele está?
    - Ele tinha alguns serviços para fazer.
    - Serviços? – eu repeti inexpressiva. – Alice – meu tom ficou persuasivo. – por favor me conte o que está acontecendo.
    Ela balançou a cabeça, ainda sorrindo bastante. – Estou me divertindo muito – ela explicou.
    Quando voltamos para a casa, Alice me levou direto escada acima, para o banheiro dela que era do tamanho de um quarto. Fiquei surpresa de encontrar Rosalie lá, esperando com um sorriso celestial, atrás de uma cadeira baixa e rosa. Uma coleção de explodir a mente de ferramentas e produtos cobria todo o balcão.
    - Sente – Alice comandou. Eu a considerei por um minuto, e então, decidindo que ela estava preparada para usar força se necessário, fui para a cadeira e me sentei com toda a dignidade que podia administrar. Rosalie imediatamente começou a pentear meu cabelo.
    - Acho que você não vai me dizer sobre o que é isso tudo, né? – eu a perguntei.
    - Você pode me torturar – ela murmurou, concentrada no meu cabelo. – mas eu nunca vou contar.
    Rosalie segurou minha cabeça na pia enquanto Alice esfregava um shampoo que cheirava menta e laranja no meu cabelo. Alice enxugou os nós com uma toalha furiosamente, e depois jogou quase um frasco todo de spray de alguma coisa – esse cheirava pepino – nas mechas úmidas e enxugou de novo.
    Elas pentearam o resto da juba rápido então; o que quer que a coisa de pepino fosse, fez as mechas se comportarem. Eu talvez fosse emprestar um pouco daquilo. Então cada uma pegou um secador e começou a trabalhar.
    Conforme os minutos passavam, e elas continuavam a achar novas mechas que pingavam, seus rostos começaram a ficar um pouco preocupados. Eu sorri alegremente. Algumas coisas nem vampiros conseguiam acelerar.
    - Ela tem um monte de cabelo – Rosalie comentou numa voz ansiosa.
    - Jasper – Alice chamou claramente, porém sem gritar. – Me ache outro secador!
    Jasper veio ao resgate delas, se algum jeito chegando com outros dois secadores, que ele apontou para a minha cabeça, profundamente distraído, enquanto elas continuaram a trabalharam com os delas.
    - Jasper… – eu comecei esperançosa.
    - Desculpe, Bella. Não estou autorizado a dizer nada.
    Ele escapou agradecido quando finalmente tudo estava seco – e armado. Meu cabelo ficou uns 7 centímetros acima da minha cabeça.
    - O que vocês fizeram comigo? – eu perguntei horrorizada. Mas elas me ignoraram, pegando uma caixa de babyliss.
    Tentei convencê-las que meu cabelo não enrolava, mas elas me ignoraram, empapando cada mecha em uma coisa amarela antes de colocarem no cilindro quente.
    - Você encontrou sapatos? – Rosalie perguntou intensamente enquanto elas trabalhavam, como se a resposta fosse de vital importância.
    - Sim – são perfeitos. – Alice ronronou com satisfação.
    Eu vi Rosalie pelo espelho, acenando como se um grande peso tivesse sido tirado de sua mente.
    - Seu cabelo está bonito – eu notei. Não que não era sempre ideal – mas ela tinha prendido essa tarde, criando uma coroa de cachos dourados e macios em cima de sua cabeça perfeita.
    - Obrigada – ela sorriu. Elas tinham começado a segunda rodada de babyliss agora.
    - O que você acha de maquiagem? – Alice perguntou.
    -É um tormento – eu tentei. Elas me ignoraram.
    - Ela não precisa de muita – a pele dela é melhor limpa. – Rosalie meditou.
    - Batom, peloe menos – Alice decidiu.
    - E rímel e delineador também – Rosalie acrescentou. – só um pouco.
    Eu suspirei alto. Alice riu. – Seja paciente, Bella. Estamos nos divertindo.
    - Bom, se vocês estão… – eu murmurei.
    Elas terminaram de prender todos os cachos bem apertados e inconfortáveis na minha cabeça.
    - Vamos vesti-la – a voz de Alice tremeu de expectativa. – Ela não esperou eu sair do banheiro com as próprias pernas. Ao invés ela me levantou e me carregou para o quarto grande e branco de Rosalie e Emmett. Em cima da cama tinha um vestido. Azul profundo, é claro.
    - O que você acha? – Alice perguntou, estridente.
    Essa era uma boa pergunta. Tinha alguns babados, aparentemente feito para ser usado baixo e sem ombros, com mangas longas e soltas que se fechavam nos pulsos. O tecido do corpete era cercado por outro tecido azul, pálido e florido, que dobrava para formar um fino franzido no lado esquerdo. O material do tecido florido era longo nas costas, mas aberto na frente em várias camadas de renda macia, clareando o tom conforme eles desciam para a bainha.
    - Alice – eu choraminguei. – Não posso usar isso
    - Por quê? – ela exigiu numa voz dura.
    - A parte de cima é completamente transparente!
    - Isso vai por baixo – Rosalie segurou a peça azul clara, de aparência sinistra.
    - O que é isso? – eu perguntei temerosa.
    - É um espartilho, bobinha – Alice disse, impaciente. – Agora você vai colocá-lo, ou eu preciso chamar o Jasper e pedir pra ele segurar você enquanto eu coloco? – ela ameaçou.
    - Era pra você ser minha amiga – eu acusei.
    - Seja boazinha, Bella – ela suspirou. – Eu não me lembro de ser humana e estou tentando ter uma diversão substituta aqui. Além do mais, é para o seu bem.
    Eu reclamei e fiquei vermelha muitas vezes, mas não demorou muito tempo para elas me colocarem no vestido. Eu tinha que admitir, o espartilho tinha suas vantagens.
    - Nossa – eu tomei fôlego. – Eu tenho um colo.
    - Quem diria – Alice riu, encantada com seu trabalho. Mas eu não estava completamente convencida.
    - Você não acha que esse vestido é um pouco… não sei… muito moderna para Forks? – eu perguntei hesitante.
    - Acho que as palavras que você está perguntando são alta costura – Rosalie riu.
    - Não é para Forks, é para o Edward – Alice insistiu. – É exatamente certo.
    Elas me levaram de volta para o banheiro então, soltando os cachos com os dedos voando. Para o meu choque, cascadas de cabelo caíram. Rosalie puxou a maioria deles para cima, cuidadosamente os virando num rabo-de-cavalo que caíram numa linha grossa nas minhas costas. Enquanto ela trabalhava, Alice rapidamente pintou uma fina risca preta ao redor dos meus olhos, passou rímel e pintou minha boca atentamente com um batom vermelho escuro. Então ela lançou-se para fora do quarto e retornou prontamente com os sapatos.
    - Perfeitos – Rosalie suspirou quando Alice os levantou para ser admirados.
    Alice amarrou o sapato mortal com habilidade, e então olhou para o meu gesso com um olhar reflexivo.
    - Acho que nós fizemos o possível – ela sacudiu a cabeça tristemente. – Você não acha que o Carlisle nos deixaria…?
    - Duvido – Rosalie respondeu seca. – Alice suspirou.
    As duas levantaram as cabeças então.
    - Ele voltou – Eu soube a qual “ele” elas se referiam, e eu senti fortes borboletas no meu estômago.
    - Ele pode esperar. Tem mais uma coisa importante – Alice disse firme. Ela me levantou de novo – uma necessidade, eu tinha certeza de que não conseguiria andar com aquele sapato – e me carregou para o quarto dela, onde me colocou gentilmente no chão em frente ao seu espelho grande, de moldura de ouro e estendido.
    - Pronto – ela disse. – Vê?
    Eu olhei a estranha no espelho. Ela parecia bem alta no sapato de salto alto, com a longa e estreita linha do vestido apertado ajudando nessa ilusão. O espartilho decotado – onde a incomum e impressionante linha do busto chamou minha atenção de novo – deixava o pescoço dela muito longo, assim como a coluna de cachos brilhantes que desciam pelas suas costas. O azul profundo do tecido era perfeito, destacando o tom de creme da sua pele de marfim, o rosa da maquiagem em suas bochechas. Ela estava muito bonita, eu tinha que admitir.
    - Ok, Alice – eu sorri. – Eu vejo.
    - Não se esqueça – ela ordenou.
    Ela me levantou outra vez e me carregou para o topo das escadas.
    - Se vire e feche os olhos! – ela mandou para o começo das escadas. – E fique fora da minha cabeça – não estrague isso.
    Ela hesitou, descendo mais devagar que o normal pela escada até que ela pudesse ver que ele tinha obedecido. E então ela voou pelo resto do caminho. Edward estava parado na porta, de costas, muito alto e escuro – eu nunca o tinha visto usando preto antes. Alice de colocou de pé, amaciando as camadas do meu vestido, virando um cacho no lugar e então ela me deixou lá, indo se sentar no banco do piano para assistir. Rosalie seguiu para sentar com ela na aduciência.
    - Posso olhar? – a voz dele estava intensa de ansiedade – fez meu coração bater irregular.
    - Sim… agora – Alice direcionou.
    Ele se virou imediatamente, então congelou, seus olhos cor de topázio arregalados. Eu podia sentir o calor subindo pelo meu pescoço e colorindo minhas bochechas. Ele estava maravilhoso; senti uma fagulha do velho medo, de que ele fosse só um sonho, que não era real. Ele estava usando um smoking, e pertencia a uma tela de cinema, não ao meu lado. Eu olhei para ele com uma descrença apavorada.
    Ele andou lentamente na minha direção, hesitando um passo quando me alcançou.
    - Alice, Rosalie… obrigado – ele suspirou sem tirar os olhos de mim. Ouvi Alice rir de prazer.
    Ele deu mais um passo, colocando uma mão fria embaixo do meu queixo, e parando para colocar os lábios na minha garganta.
    - É você – ele murmurou contra a minha pele. Ele se afastou, e havia flores brancas em sua outra mão.
    - Frésia – ele me informou enquanto as colocava nos meus cachos. – Completamente redundante, considerando a fragrância, claro – ele foi para trás, me olhando de novo. Sorriu seu sorriso de parar o coração. – Você está absurdamente linda.
    - Você roubou minha fala – manti minha voz o mais leve que eu podia. – Justo quando eu me convenço de que você é real de verdade, você aparece vestido assim e eu fico com medo de que estou sonhando de novo.
    Ele me levantou para seus braços. Ele me segurou perto de seu rosto, seus olhos queimando que me colocou ainda mais perto.
    - Cuidado com o batom! – Alice mandou.
    Ele riu com rebeldia, mas deixou sua boca cair para o espaço acima da minha clavícula.
    - Você está pronta para ir? – ele perguntou.
    - Alguém vai me dizer que ocasião é?
    Ele riu outra vez, olhando por cima do ombro para suas irmãs. – Ela não adivinhou?
    - Não – Alice deu uma risada. Edward riu junto, satisfeito. Fiz uma careta.
    - O que estou perdendo?
    - Não se preocupe, você vai descobrir daqui a pouco – ele me garantiu.
    - Coloque-a no chão, Edward, para que eu possa tirar uma foto – Esme estava descendo a escada com uma câmera prateada na mão.
    - Fotos? – eu murmurei, quando ele me equilibrou gentilmente no meu pé bom. Estava começando a ter um mau pressentimento com essa coisa toda. – Você vai aparecer no filme? – eu perguntei sarcasticamente.
    Eu sorriu para mim.
    Esme tirou várias fotos de nós, até que o Edward ainda rindo insistiu que iríamos nos atrasar.
    - Nos vemos lá – Alice disse enquanto ele me carregava até a porta.
    - Alice vai estar lá? Onde quer que lá seja? – me senti um pouco melhor.
    - Com Jasper, e Emmett e Rosalie.
    Minha testa enrugou de concentração quando eu tentei desvendar o segredo. Ele abafou o ris pela minha expressão.
    - Bella – Esme me chamou. – Seu pai está no telefone.
    - Charlie? – Edward e eu perguntamos simultaneamente. Esme me trouxe o telefone, mas ele o agarrou quando ela tentou me entregar, me segurando para longe sem esforço com um braço.
    - Hey! – eu protestei, mas ele já estava falando.
    - Charlie? Sou eu. O que há de errado? – ele parecia preocupado. Meu rosto empalideceu. Mas então a expressão dele ficou divertida – e subitamente perversa.
    - Dê o telefone para ele, Charlie – deixe-me falar com ele – O que quer que estivesse acontecendo, Edward estava se divertindo um pouco demais para Charlie estar em algum perigo. Eu relaxei.
    - Olá, Tyler, aqui é Edward Cullen – a voz dele estava muito amigável, na superfície. Eu a conhecia o bastante para pegar o tom de ameaça. O que o Tyler estava fazendo na minha casa? A verdade horrorosa começou a me atingir.
    - Desculpe se houve algum tipo de erro de comunicação, mas a Bella não está disponível esta noite – O tom do Edward mudou, a ameaça em sua voz de tornou muito mais evidente quando ele continuou. – Para ser honesto, ela estará indisponível todas as noites, para qualquer um que não seja eu mesmo. Sem ofensa. E sinto muito por sua noite – ele não parecia sentir nenhum pouco. Então fechou o telefone, um sorriso enorme no rosto.
    - Você está me levando para a formatura! – eu acusei furiosamente. Meu rosto e pescoço ficaram vermelhos de ódio. Eu podia sentir as lágrimas produzidas pela raiva começando a encher meus olhos.
    Ele não estava esperando a força da minha reação, isso era claro. Ele juntou os lábios e seus olhos escureceram.
    - Não seja difícil, Bella.
    - Bella, todos nós vamos – Alice encorajou, de repente no meu ombro.
    - Por que você está fazendo isso comigo? – eu exigi.
    - Será divertido – Alice ainda estava muito otimista.
    Mas Edward se curvou para sussurrar no meu ouvido, sua voz de veludo séria. – Você só é humana uma vez, Bella. Me distraia.
    Então ele liberou total força de seus olhos dourados em mim, derretendo minha resistência com o calor deles.
    - Ótimo – eu fiz um biquinho, incapaz de fazer uma cara tão feia como eu teria gostado. – Eu vou por bem. Mas você verá – eu avisei sinistramente – essa é a má sorte com que você tem se preocupado. Provavelmente vou quebrar a outra perna. Olha esse sapato! É um armadilha mortal! – eu estique minha perna boa como evidencia.
    - Hmmm – ele olhou para a minha perna por mais tempo do que o necessário, depois olhou para Alice com os olhos brilhantes. – De novo, obrigado.
    - Vai chegar atrasado na casa do Charlie – Esme o lembrou.
    - Certo, vamos – ele me girou pela porta.
    - Charlie está por dentro disso? – eu perguntei entre dentes.
    - Claro – ele sorriu.
    Eu estava preocupada, então não notei num primeiro momento. Só estava vagamente consciente do carro prata e achei que era o Volvo. Mas então ele parou para me colocar no que achei que era o chão.
    - O que é isso? – eu perguntei, surpresa em me encontrar em um cupê. – Onde está o Volvo?
    - O Volvo é o meu carro de todo o dia. – ele me disse cuidadosamente, apreensivo que eu talvez fosse surtar de novo. – Esse é o carro das ocasiões especiais.
    - O que o Charlie vai pensar? – eu balancei a cabeça, desaprovadora, enquanto ele entrava e ligava o motor. Ele rugiu.
    - Ah, a maioria da população de Forks pensa que o Carlisle é um ávido colecionador de carros – Ele acelerou pela floresta em direção à rodovia.
    - E ele não é?
    - Não, esse é mais meu hobby. Rosalie coleciona carros também, mas ela prefere brincar mais com os interiores deles do que dirigi-los. Ela trabalhou bastante nesse aqui para mim.
    Eu ainda estava imaginando o porquê de voltarmos para a casa do Charlie quando ele estacionou na frente dela. A luz da varanda estava acesa, embora ainda nem fosse pôr-do-sol. Charlie devia estar esperando, provavelmente espiando pelas janelas agora. Eu comecei a corar, me perguntando se a primeira reação do meu pai com relação ao vestido seria mesma que a minha. Edward deu a volta no carro, devagar para ele, para abrir a minha porta – confirmando as minhas suspeitas de que o Charlie estava observando.
    Então, quando o Edward estava me levantando do carro, Charlie – o que era muito difícil de fazer – saiu para o jardim para nos receber. Minhas bochechas queimaram; Edward notou e me olhou curioso. Mas eu nem precisava ter me preocupado. Charlie nem me viu.
    - Isso é um Aston Martin? – ele perguntou a Edward numa voz reverente.
    - Sim – o Vanquish – Os cantos de sua boca se viraram, mas ele os controlou.
    Charlie soltou um assobio baixo.
    - Não quer dar a ela uma tentativa? – Edward segurou a chave.
    Os olhos do Charlie finalmente deixaram o carro. Ele olhou para o Edward sem acreditar – colorido por um pequeno sinal de esperança.
    - Não – ele disse, relutante. – O que o seu pai diria?
    - Carlisle não vai se importar nenhum pouco – Edward disse sincero. – Vai em frente – Ele pressionou a chave na mão bem disposta de Charlie.
    - Só uma voltinha então… – Charlie já estava alisando o pára-choque com uma mão.
    Edward me ajudou a mancar até a porta da frente, me levantando quando estávamos dentro, e me carregando até a cozinha.
    - Funcionou bem – eu disse. – Ele nem teve chance de surtar com o vestido.
    Edward piscou. – Não pensei nisso – ele admitiu. Os olhos dele passaram pelo meu vestido de novo com uma expressão crítica. – Acho que foi bom não termos pego a picape, clássica ou não.
    Eu desviei os olhos sem vontade do seu rosto por tempo o suficiente para notar que a cozinha estava escura. Tinham velas na mesa, muitas delas, talvez vinte ou trinta velas altas e brancas. A mesa velha estava coberta com uma toalha grande e longa, assim como duas cadeiras.
    - É nisso que você esteve trabalhando o dia todo?
    - Não – isso levou só um segundo. Foi a comida que levou o dia todo. Eu sei que você acha que restaurantes chiques desnecessários, não que existam muitas escolhas que se encaixem nessa categoria por aqui, mas decidi que você não podia reclamar sobre a sua própria cozinha.
    Ele me sentou em uma das cadeiras envoltas no pano branco, e começou a tirar coisas do forno e da geladeira. Notei que só tinha um lugar preparado.
    - Não vai alimentar o Charlie também? Ele vai voltar pra casa alguma hora.
    - Charlie não agüentava mais comer outro pedaço – quem você achou que foi meu degustador? Tive que ter certeza de que tudo isso fosse comestível – Ele colocou um prato na minha frente, cheio de coisas que pareciam muito comestíveis. Suspirei.
    - Ainda está brava? – Ele puxou a outra cadeira do outro lado da mesa para que pudesse sentar ao meu lado.
    - Não. Bem, sim, mas não no momento. Só estava pensando – aí se vai, a única coisa que eu podia fazer melhor que você. Está com uma cara ótima – eu suspirei outra vez.
    Ele riu. – Você nem experimentou – seja otimista, talvez esteja horrível.
    Eu deu uma mordida, parei, e fiz uma careta.
    - Está horrível? – ele perguntou, chocado.
    - Não, está deliciosa, naturalmente.
    - Que alívio – ele sorriu, tão lindo. – Não fique preocupada, ainda há muitas coisas em que você é melhor.
    - Fale só uma.
    Ele não respondeu na hora, só passou seus dedos frios na linha da minha clavícula, sustentando meu olhar com seus olhos ardentes até que eu senti minha pele queimar e ficar vermelha.
    - Tem isso – ele murmurou, tocando minha bochecha escarlate. – Nunca vi ninguém corar tão bem como você.
    - Maravilha – eu olhei com cara feia. – Reações involuntárias – algo de que eu possa ter orgulho.
    - Você também é a pessoa mais corajosa que eu conheço.
    - Corajosa?
    - Você passa todo o seu tempo livre na companhia de vampiros; isso exige alguns nervos. E você não se preocupa em se colocar a uma proximidade arriscada dos meus dentes…
    Eu sacudi a cabeça. – Sabia que você não ia conseguir achar nada.
    Ele riu. – Estou falando sério, sabe. Mas não faz mal. Coma – ele pegou meu garfo, impaciente e começou a me alimentar. A comida estava toda perfeita, lógico.
    Charlie voltou para casa quando eu estava quase acabando. Observei sua cara cautelosamente, mas minha sorte ainda estava presente, ele ainda estava embasbacado com o carro para notar como eu estava vestida. Ele entregou as chaves de volta para Edward.
    - Obrigado, Edward – ele sorriu sonhador. – Que carrão.
    - Não por isso.
    - Como tudo ficou? – Charlie olhou meu prato vazio.
    - Perfeito – eu suspirei.
    - Sabe, Bella, talvez seja melhor você deixá-lo praticar sua culinária para nós outras vezes – ele aconselhou.
    Dei um olhar zangado para Edward. – Tenho certeza que ele vai praticar, pai.
    Não foi até nos chegarmos a porta que o Charlie acordou completamente. Edward estava com os braços ao redor da minha cintura, por equilíbrio e suporte, enquanto eu avançava com meu sapato instável.
    - Hm, você está… muito adulta, Bella – eu podia ouvir o começo da desaprovação paterna se espalhando.
    - Foi a Alice que me vestiu. Não dei muita opinião em nada.
    Edward deu uma risadinha tão baixa que só eu escutei.
    - Bom, se foi a Alice… – sua voz foi morrendo, e ele de algum jeito ficou mais tranquilo. – Você está bonita, Bella. Ele fez uma pausa, um brilho malicioso em seus olhos. – Então, devo esperar mais rapazes de terno aparecerem na minha porta hoje?
    Eu gemi e Edward abafou o riso. Como alguém podia ser tão cego quanto o Tyler, eu não podia imaginar. Não era como se eu e Edward fossemos exatamente secretos na escola. Nós chegávamos e íamos embora juntos, ele me carregava para todas as aulas, eu sentava com ele e sua família no almoço todos os dias e ele não era tímido em me beijar na frente das testemunhas também. Tyler claramente precisava de ajuda profissional.
    - Espero que sim – Edward sorriu para o meu pai. – Tem uma geladeira cheia de sobras – dia a eles para se servirem.
    - Acho que não – aqueles são meus – Charlie sussurrou.
    - Anote os nomes para mim, Charlie – o traço de ameaça só era audível para mim.
    - Ah, chega! – eu ordenei.
    Graças a Deus, nós finalmente entramos no carro e fomos embora.
    Agradecimento - Tradução: Foforks



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