“Posso lhe mostrar o quão prazeroso pode ser a dor… Vai haver dor mas nada que você não possa suportar… Você confia em mim, Ana?”
Se você precisa perguntar, esse é a conversa do bilionário Christian Grey com a recém formada Anastasia Steele em Cinquenta Tons de Cinza, de EL James, o livro que lançou a febre de Cinquenta Tons. Desde 2011, a trilogia vendeu mais de 100 milhões de exemplares e referências à Cinquenta Tons entraram em todos os tópicos desde títulos de CDs de música clássica até roupinhas de bebê (“Tudo que a mamãe queria era uma noite com o Sr. Grey”); talvez não por coincidência, a prática sexual popularizada no livro também se tornou mainstream, com clubes de bondage aparecendo nas escolas da Ivy League e as vendas do ‘brinquedo’ favorito de Ana aumentando drasticamente. Goste ou não -e muitas pessoas não gostam-, o fenômeno só está começando. Em 13 de Fevereiro, o filme de Cinquenta Tons de Cinza vai dominar as salas de cinema e duas estrelas que antes estavam fora do radar, Dakota Johnson e Jamie Dornan, estão prestes a descobrir como é ser um verdadeiro sex symbol.
Você pode reconhecer os rostos: Johnson, a filha de 25 anos dos atores Melanie Griffith e Don Johnson, fez sua estreia com apenas 10 anos em Crazy in Alabama, dirigido pelo seu padrastro, Antonio Banderas. Ela continuou a encantar o público com pequenos papeis como em The Social Network e 21 Jump Street e como a principal na querida série de TV Ben and Kate. E Dornan, 32, está acostumado a ser o homem que as mulheres querem. O norte-irlandês, de Belfast, passou 10 anos sendo modelo para Dior, Armani e Calvin Klein, posando sem camisa com Kate Moss e de cuecas com Eva Mendes. Mas se você está pensando em dispensá-lo como o modelo que está tentando atuar em vez de o ator que já foi modelo, as duas temporadas dele como serial killer na série da BBC, The Fall, vão te fazer mudar de ideia.
Então, eles estão prontos? “Eu não acho que alguém realmente conseguiria preparar Jamie e Dakota para o que vai acontecer quando o filme estrear,” diz a diretora de Cinquenta Tons, Sam Taylor-Johnson. Taylor-Johnson (sem qualquer parentesco com Dakota) diz que ela é muito protetora em relação às suas duas estrelas, mas nem mesmo ela vai ser capaz de protegê-los das críticas, prontas para acontecerem. (Salman Rushdie uma vez disse que o livro, Cinquenta Tons de Cinza, fazia ‘Crepúsculo’ parecer ‘Guerra e Paz.’) Mas a equipe e o elenco de Cinquenta Tons estão mais preocupados em agradar aos fãs fervorosos, que se juntam em fórums e clubes de leitura, debatendo cada fragmento de notícia do desenvolvimento do filme, desde a escalação-de-último-minuto de Dornan como Christian (ele seria um bom substituto, elas debatiam, para Charlie Hunnam que havia deixado o projeto por divergências na agenda?) até o cabelo de Johnson no trailer (seria longo como o de Ana? Tão escuro? Tão rebelde?).
Tanta especulação! A GLAMOUR foi à procura da verdadeira história e dos bastidores do filme, e com essa exclusiva, Dornan, Johnson e Taylor-Johnson tornam públicos os detalhes da jornada de Cinquenta Tons até agora. O sr. Grey e companhia vão lhe receber agora.
NA DISPUTA PELOS PERSONAGENS MAIS QUENTES DE HOLLYWOOD:
DAKOTA JOHNSON: Eu li os livros e gostei da personagem de Ana porque ela é reservada, amorosa e honesta -e porque ela e Christian são extremamente inteligentes, confiantes e conseguem lidar um com o outro em todos os sentidos. Minha audição durou 2 meses. Encontrei com Sam diversas vezes. Quando descobri que consegui o papel, eu comecei a chorar. Fiquei aliviada que a incerteza tinha acabado.
SAM TAYLOR-JOHNSON: Dakota é tudo o que eu sempre quis em Anastasia. Ela tem um forte entendimento de quem ela é, mas ao mesmo tempo tem uma doçura nela. Foi dificil para encontrar Christian porque, no livro, ele é perfeito. Na vida real, não existem muitas pessoas que preencham os requisitos: ser carismático e intenso, bem-sucedido, rico e incrivelmente bonito.
JAMIE DORNAN: No inicio, eu não fiz uma audição. Eu fiz um video em Londres com um diretor de elenco. Não soube mais nada até chamarem Charlie [Hunnam]. Achei que era um pouco engraçado dizer que fiz uma audição para Christian e falhei miseravelmente. E aí aconteceu o que quer que tenha acontecido com Charlie e as portas se abriram novamente.
DAKOTA: Foi um pouco decepcionante [quando Charlie deixou o papel], mas eu acho tudo aconteceu do jeito que deveria.
JAMIE: Eu fui até Los Angeles, e fiz um teste [com Dakota]. Ela estava envolvida no projeto desde o primeiro dia. Naquele dia ela já tinha lido com, o que, dois outros caras. Eu acho que eu era o último. Ela, provavelmente, estava cheia tipo ‘Achem o cara logo’ mas não demonstrou isso de jeito nenhum. Gostei dela na hora, pensei que ela parecia tão legal e relaxada.
DAKOTA: Nós lemos a cena da entrevista [quando Ana e Christian se conhecem], que eu já tinha feito tantas vezes que nem sabia mais o que estava falando. Ele estava muito quieto, mas fazia piadas – ninguém tinha feito isso. Só pareceu certo.
JAMIE: Existe uma parte de Christian que é, obviamente, perturbada.
SAM: Christian era órfão. Sua mãe era uma prostituta e viciada em drogas. Ele foi abusado.
JAMIE: Acho que entendo um pouco de pessoas que tem alguma experiência com perdas desde cedo. Minha mãe morreu quando eu tinha 16 anos, e depois 4 dos meus melhores amigos morreram em um acidente de carro quando eu tinha 17 anos. A perda é sempre dificil, mas quando acontece quando você é jovem, você tem mais da vida para viver, ‘Porra, por que isso aconteceu?”
SAM: Jamie conseguiu transmitir esse mistério, o sentimento de que há uma alma conturbada. Ele tem tudo isso.
JAMIE: Eu fui chamado 6 semanas antes das gravações começarem. Me disseram que eu receberia a notícia naquela noite, então eu esperei a ligação. Eram duas da manhã. Minha mulher [Amelia Warner, que estava na 30ª semana de gravidez] tinha ido para a cama e eu fiquei acordado assistindo Storage Wars, porque essa série me leva ao meu ‘lugar seguro’. [Risadas.] Sam ligou e me disse que eu tinha conseguido o papel. Eu dei uma cotovelada na minha mulher quando deitei na cama, “Hey, amanhã falaremos sobre isso mas – Eu preciso ir dormir!”
SE TORNANDO ANASTASIA E CHRISTIAN
JAMIE: Eu tive que me esforçar muito para entrar em forma porque Christian é uma pessoa muito obecado com isso. Mas não eram 6 horas por dia. Você não quer chegar para sua esposa no final da gravidez e dizer, “Eu estou indo para a academia por seis horas. Me manda um SMS se você entrar em trabalho de parto.”
DAKOTA: Jamie e eu, na verdade, dividimos um personal trainer. Era importante para mim que o corpo de Ana parecesse de uma estudante ativa. E eu ficaria nua, então eu queria estar bem. Eu fiz muito exercício e mais depilação do que qualquer mulher deveria!
JAMIE: Naquelas 6 semanas antes da gravação, minha filha nasceu. Foi uma época muito louca. Para a pesquisa, em uma chuvosa terça-feira à noite, eu beijei minha mulher e minha filha e saí para assistir um dominante e uma submissa. O dominante era nosso conselheiro. Ele estava à disposição quando fazíamos uma cena no Quarto Vermelho [o quarto de BDSM de Christian] para falar “Você etá fazendo isso errado.” Então eu o assisti… Foi bastante jovial, uma abordagem diferente de como eu via Christian no Quarto Vermelho. Acho que Christian leva um pouco mais a sério.
DAKOTA: Eu não fui até o calabouço. Eu quis me manter afastada disso no inicio porque eu queria que a reação de Ana para certas coisas fosse completamente honesta e real. Mas eu li muito sobre o estilo de vida BDSM. É sobre a inda e vinda de controle entre duas pessoas. Para mim, existe algo muito honesto em querer perder o controle completamente por um segundo.
JAMIE: Esse estilo de vida não é sobre caras amarrando garotas às suas camas. É mais ao contrário. Esses caras muito poderosos como Christian Grey estão cercados de pessoas que fazem o que eles querem e quando escurece, eles só querem ser mandados.
DAKOTA: Se essa é a sua praia, ótimo. O que quer que seja que te excita.
JAMIE: O primeiro dia de gravações foi como uma experiência fora do meu corpo. Eu cheguei lá e gritaram ‘Ação!’ e eu fiquei tipo ‘O que está acontecendo? Eu sou um pai de família. O QUE?’
DAKOTA: Eu tive muito mais tempo para me preparar do que o Jamie. Tenho que cumprimentá-lo por isso.
JAMIE: Christian foi um grande desafio. Eu interpretei caras muito, muito doentes, serial killers… e personagens que não tratam as mulheres como a sociedade aprovaria. Mas é só TV e cinema, não é real. Eu sempre tive o maior respeito pelas mulheres. Eu tenho duas irmãs. Meu pai passou a carreira [de obstetra e ginecologista] cuidando de mulheres… Mas você tem que achar algo que goste no personagem que vai interpretar. Eu gosto do quão determinado Christian é. Mesmo assim, eu não sei se gostaria dele se ele fosse real e nós nos conhecessemos.
DAKOTA: Acho que as mulheres são atraídas pelo Christian porqe ele é muito elegante, ambicioso, esperto e forte. No entanto, não sei se eu teria a paciência que Ana tem com ele.
ENTRANDO NO QUARTO VERMELHO
DAKOTA: Eu não entrei no Quarto Vermelho por 2 meses e meio. Eles esconderam de mim. Eu não vi nenhuma foto. Quando abri a porta pela primeira vez, era como um outro mundo. Tinham flageladores, chicotes e lugar para ‘apanhar’ feito no formato e tamanho do meu corpo. O que era bem legal.
JAMIE: Eu tive que aprender sobre nós, cintos, como usar um chicote. Mas a primeira vez que eu realmente fiz isso, com uma pessoa real foi com Dakota.
DAKOTA: As cenas naquele quarto eram realmente as cenas de mais vulneraveis do filme. Mas era um set fechado -minha mãe me disse que era meu direito pedir por isso durante as cenas mais íntimas, para que parecesse que [Jamie, Sam e eu] estávamos naquele mundo juntos.
JAMIE: Algumas coisas no Quarto Vermelho foram desconfortáveis. Tiveram vezes que Dakota não estava usando muita coisa e eu tinha que fazer com ela coisas que eu não escolheria fazer com mulher nenhuma.
DAKOTA: Era estressante o suficiente estar presa à uma cama, nua em uma cena. Mas então eles gritavam ‘Corta!’ e você continuava presa à cama, nua. Jamie era o primeiro a me cobrir.
JAMIE: Eu era muito protetor e estava ciente de que, provavelmente, não era fácil para ela, estar naquelas situações, exposta. E Sam, como diretora, tem uma qualidade incrível de deixar todo mundo confortável.
SAM: Nós deixamos tudo o que era emocionalmente dificil ou de natureza sexual para as últimas semanas de filmagens. Chegou a um ponto em que precisávamos nos conhecer, construir uma confiança, que era importante para podermos chegar ao próximo nível. Esses dias no set eram calmos mas você podia sentir a tensão.
DAKOTA: Tiveram momentos dolorosos. Eu tive uma contusão quando Jamie me jogou na cama. Doeu muito. Eu queria que tivéssemos vídeos das gravações. Um dia, estávamos gravando uma cena na cozinha do Christian e eu achei que seria divertido me esconder em um armário. Eu puxei a maçaneta mas não era um armário de verdade. O set inteiro caiu em cima de mim.
JAMIE: Ela é bem engraçada. Não tão engraçada quando pensa, mas ela é engraçada. [Risadas]
DAKOTA: O fato de que eu podia rir com ele era uma coisa legal. Às vezes eu saía do set meio traumatizada. Mas dirigir até em casa sempre me fazia sair dessa. E uma grande taça de vinho.
JAMIE: Eu nunca tive um relacionamento nas telas tão intenso. Nós nos respeitamos e confiamos um no outro. Nós temos que gostar um do outro para fazer esse trabalho.
SOBRE OS FÃS, HATERS E A CONTAGEM REGRESSIVA PARA O ESTRELATO
SAM: Eu estou tão relacionada [com o filme] que eu não sei o que as pessoas vão gostar ou não nele. Acho que respeitamos o livro e entendemos o que os fãs querem ver. Mas também é diferente porque é muito visual. É claro que estou nervosa sobre como os fãs vão receber o filme; eu não seria normal se não estivesse.
JAMIE: As pessoas já falam “Oh meu Deus, você é o Christian Grey!” nas ruas. E eu falo, “Não, eu sou o Jamie! Eu sou um ator.” Quando o filme sair, isso deve acontecer mais. Eu não acho que você pode se preparar para isso . Você não pode colocar sacos de areia à sua volta. Eu vivo a minha vida. Eu tenho os mesmo amigos desde que eu era pequeno. Nenhum deles faz o que eu faço ou, francamente, dá a minima para o que eu faço. Apenas nos amamos. Se tem uma coisa onde eu me conforto é saber que nada disso vai embora, não importa o tamanho ou o que aconteça na minha carreira.
DAKOTA: Eu estou orgulhosa [do filme]. Eu discordo completamente de quem diz que Ana é fraca. Eu acho que, na verdade, ela é mais foirte que ele. Tudo o que ela faz é escolha dela. Se eu puder defender as mulheres para fazerem o que quiserem com seus corpos, eu estou dentro. Minha mãe veio me vistiar [durante as gravações]. Ela está orgulhosa. Mas eu não quero que minha familia veja [o filme], porque é inapropriado. Ou os amigos dos meus irmãos, com quem eu cresci. Eu acho que eles ficariam tipo blegh [Dakota imita ânsia de vômito]. Também tem uma parte de mim que não quer que ninguém veja o filme. Brincadeira.
JAMIE: Quando minha filha tiver 18 anos eu não vou falar “Você tem que assitir o papai em Cinquenta Tons de Cinza.” Mas vão existir coisas mais importantes para protegê-la do que ver a bunda do pai nas telonas.
Via
Se você precisa perguntar, esse é a conversa do bilionário Christian Grey com a recém formada Anastasia Steele em Cinquenta Tons de Cinza, de EL James, o livro que lançou a febre de Cinquenta Tons. Desde 2011, a trilogia vendeu mais de 100 milhões de exemplares e referências à Cinquenta Tons entraram em todos os tópicos desde títulos de CDs de música clássica até roupinhas de bebê (“Tudo que a mamãe queria era uma noite com o Sr. Grey”); talvez não por coincidência, a prática sexual popularizada no livro também se tornou mainstream, com clubes de bondage aparecendo nas escolas da Ivy League e as vendas do ‘brinquedo’ favorito de Ana aumentando drasticamente. Goste ou não -e muitas pessoas não gostam-, o fenômeno só está começando. Em 13 de Fevereiro, o filme de Cinquenta Tons de Cinza vai dominar as salas de cinema e duas estrelas que antes estavam fora do radar, Dakota Johnson e Jamie Dornan, estão prestes a descobrir como é ser um verdadeiro sex symbol.
Você pode reconhecer os rostos: Johnson, a filha de 25 anos dos atores Melanie Griffith e Don Johnson, fez sua estreia com apenas 10 anos em Crazy in Alabama, dirigido pelo seu padrastro, Antonio Banderas. Ela continuou a encantar o público com pequenos papeis como em The Social Network e 21 Jump Street e como a principal na querida série de TV Ben and Kate. E Dornan, 32, está acostumado a ser o homem que as mulheres querem. O norte-irlandês, de Belfast, passou 10 anos sendo modelo para Dior, Armani e Calvin Klein, posando sem camisa com Kate Moss e de cuecas com Eva Mendes. Mas se você está pensando em dispensá-lo como o modelo que está tentando atuar em vez de o ator que já foi modelo, as duas temporadas dele como serial killer na série da BBC, The Fall, vão te fazer mudar de ideia.
Então, eles estão prontos? “Eu não acho que alguém realmente conseguiria preparar Jamie e Dakota para o que vai acontecer quando o filme estrear,” diz a diretora de Cinquenta Tons, Sam Taylor-Johnson. Taylor-Johnson (sem qualquer parentesco com Dakota) diz que ela é muito protetora em relação às suas duas estrelas, mas nem mesmo ela vai ser capaz de protegê-los das críticas, prontas para acontecerem. (Salman Rushdie uma vez disse que o livro, Cinquenta Tons de Cinza, fazia ‘Crepúsculo’ parecer ‘Guerra e Paz.’) Mas a equipe e o elenco de Cinquenta Tons estão mais preocupados em agradar aos fãs fervorosos, que se juntam em fórums e clubes de leitura, debatendo cada fragmento de notícia do desenvolvimento do filme, desde a escalação-de-último-minuto de Dornan como Christian (ele seria um bom substituto, elas debatiam, para Charlie Hunnam que havia deixado o projeto por divergências na agenda?) até o cabelo de Johnson no trailer (seria longo como o de Ana? Tão escuro? Tão rebelde?).
Tanta especulação! A GLAMOUR foi à procura da verdadeira história e dos bastidores do filme, e com essa exclusiva, Dornan, Johnson e Taylor-Johnson tornam públicos os detalhes da jornada de Cinquenta Tons até agora. O sr. Grey e companhia vão lhe receber agora.
NA DISPUTA PELOS PERSONAGENS MAIS QUENTES DE HOLLYWOOD:
DAKOTA JOHNSON: Eu li os livros e gostei da personagem de Ana porque ela é reservada, amorosa e honesta -e porque ela e Christian são extremamente inteligentes, confiantes e conseguem lidar um com o outro em todos os sentidos. Minha audição durou 2 meses. Encontrei com Sam diversas vezes. Quando descobri que consegui o papel, eu comecei a chorar. Fiquei aliviada que a incerteza tinha acabado.
SAM TAYLOR-JOHNSON: Dakota é tudo o que eu sempre quis em Anastasia. Ela tem um forte entendimento de quem ela é, mas ao mesmo tempo tem uma doçura nela. Foi dificil para encontrar Christian porque, no livro, ele é perfeito. Na vida real, não existem muitas pessoas que preencham os requisitos: ser carismático e intenso, bem-sucedido, rico e incrivelmente bonito.
JAMIE DORNAN: No inicio, eu não fiz uma audição. Eu fiz um video em Londres com um diretor de elenco. Não soube mais nada até chamarem Charlie [Hunnam]. Achei que era um pouco engraçado dizer que fiz uma audição para Christian e falhei miseravelmente. E aí aconteceu o que quer que tenha acontecido com Charlie e as portas se abriram novamente.
DAKOTA: Foi um pouco decepcionante [quando Charlie deixou o papel], mas eu acho tudo aconteceu do jeito que deveria.
JAMIE: Eu fui até Los Angeles, e fiz um teste [com Dakota]. Ela estava envolvida no projeto desde o primeiro dia. Naquele dia ela já tinha lido com, o que, dois outros caras. Eu acho que eu era o último. Ela, provavelmente, estava cheia tipo ‘Achem o cara logo’ mas não demonstrou isso de jeito nenhum. Gostei dela na hora, pensei que ela parecia tão legal e relaxada.
DAKOTA: Nós lemos a cena da entrevista [quando Ana e Christian se conhecem], que eu já tinha feito tantas vezes que nem sabia mais o que estava falando. Ele estava muito quieto, mas fazia piadas – ninguém tinha feito isso. Só pareceu certo.
JAMIE: Existe uma parte de Christian que é, obviamente, perturbada.
SAM: Christian era órfão. Sua mãe era uma prostituta e viciada em drogas. Ele foi abusado.
JAMIE: Acho que entendo um pouco de pessoas que tem alguma experiência com perdas desde cedo. Minha mãe morreu quando eu tinha 16 anos, e depois 4 dos meus melhores amigos morreram em um acidente de carro quando eu tinha 17 anos. A perda é sempre dificil, mas quando acontece quando você é jovem, você tem mais da vida para viver, ‘Porra, por que isso aconteceu?”
SAM: Jamie conseguiu transmitir esse mistério, o sentimento de que há uma alma conturbada. Ele tem tudo isso.
JAMIE: Eu fui chamado 6 semanas antes das gravações começarem. Me disseram que eu receberia a notícia naquela noite, então eu esperei a ligação. Eram duas da manhã. Minha mulher [Amelia Warner, que estava na 30ª semana de gravidez] tinha ido para a cama e eu fiquei acordado assistindo Storage Wars, porque essa série me leva ao meu ‘lugar seguro’. [Risadas.] Sam ligou e me disse que eu tinha conseguido o papel. Eu dei uma cotovelada na minha mulher quando deitei na cama, “Hey, amanhã falaremos sobre isso mas – Eu preciso ir dormir!”
SE TORNANDO ANASTASIA E CHRISTIAN
JAMIE: Eu tive que me esforçar muito para entrar em forma porque Christian é uma pessoa muito obecado com isso. Mas não eram 6 horas por dia. Você não quer chegar para sua esposa no final da gravidez e dizer, “Eu estou indo para a academia por seis horas. Me manda um SMS se você entrar em trabalho de parto.”
DAKOTA: Jamie e eu, na verdade, dividimos um personal trainer. Era importante para mim que o corpo de Ana parecesse de uma estudante ativa. E eu ficaria nua, então eu queria estar bem. Eu fiz muito exercício e mais depilação do que qualquer mulher deveria!
JAMIE: Naquelas 6 semanas antes da gravação, minha filha nasceu. Foi uma época muito louca. Para a pesquisa, em uma chuvosa terça-feira à noite, eu beijei minha mulher e minha filha e saí para assistir um dominante e uma submissa. O dominante era nosso conselheiro. Ele estava à disposição quando fazíamos uma cena no Quarto Vermelho [o quarto de BDSM de Christian] para falar “Você etá fazendo isso errado.” Então eu o assisti… Foi bastante jovial, uma abordagem diferente de como eu via Christian no Quarto Vermelho. Acho que Christian leva um pouco mais a sério.
DAKOTA: Eu não fui até o calabouço. Eu quis me manter afastada disso no inicio porque eu queria que a reação de Ana para certas coisas fosse completamente honesta e real. Mas eu li muito sobre o estilo de vida BDSM. É sobre a inda e vinda de controle entre duas pessoas. Para mim, existe algo muito honesto em querer perder o controle completamente por um segundo.
JAMIE: Esse estilo de vida não é sobre caras amarrando garotas às suas camas. É mais ao contrário. Esses caras muito poderosos como Christian Grey estão cercados de pessoas que fazem o que eles querem e quando escurece, eles só querem ser mandados.
DAKOTA: Se essa é a sua praia, ótimo. O que quer que seja que te excita.
JAMIE: O primeiro dia de gravações foi como uma experiência fora do meu corpo. Eu cheguei lá e gritaram ‘Ação!’ e eu fiquei tipo ‘O que está acontecendo? Eu sou um pai de família. O QUE?’
DAKOTA: Eu tive muito mais tempo para me preparar do que o Jamie. Tenho que cumprimentá-lo por isso.
JAMIE: Christian foi um grande desafio. Eu interpretei caras muito, muito doentes, serial killers… e personagens que não tratam as mulheres como a sociedade aprovaria. Mas é só TV e cinema, não é real. Eu sempre tive o maior respeito pelas mulheres. Eu tenho duas irmãs. Meu pai passou a carreira [de obstetra e ginecologista] cuidando de mulheres… Mas você tem que achar algo que goste no personagem que vai interpretar. Eu gosto do quão determinado Christian é. Mesmo assim, eu não sei se gostaria dele se ele fosse real e nós nos conhecessemos.
DAKOTA: Acho que as mulheres são atraídas pelo Christian porqe ele é muito elegante, ambicioso, esperto e forte. No entanto, não sei se eu teria a paciência que Ana tem com ele.
ENTRANDO NO QUARTO VERMELHO
DAKOTA: Eu não entrei no Quarto Vermelho por 2 meses e meio. Eles esconderam de mim. Eu não vi nenhuma foto. Quando abri a porta pela primeira vez, era como um outro mundo. Tinham flageladores, chicotes e lugar para ‘apanhar’ feito no formato e tamanho do meu corpo. O que era bem legal.
JAMIE: Eu tive que aprender sobre nós, cintos, como usar um chicote. Mas a primeira vez que eu realmente fiz isso, com uma pessoa real foi com Dakota.
DAKOTA: As cenas naquele quarto eram realmente as cenas de mais vulneraveis do filme. Mas era um set fechado -minha mãe me disse que era meu direito pedir por isso durante as cenas mais íntimas, para que parecesse que [Jamie, Sam e eu] estávamos naquele mundo juntos.
JAMIE: Algumas coisas no Quarto Vermelho foram desconfortáveis. Tiveram vezes que Dakota não estava usando muita coisa e eu tinha que fazer com ela coisas que eu não escolheria fazer com mulher nenhuma.
DAKOTA: Era estressante o suficiente estar presa à uma cama, nua em uma cena. Mas então eles gritavam ‘Corta!’ e você continuava presa à cama, nua. Jamie era o primeiro a me cobrir.
JAMIE: Eu era muito protetor e estava ciente de que, provavelmente, não era fácil para ela, estar naquelas situações, exposta. E Sam, como diretora, tem uma qualidade incrível de deixar todo mundo confortável.
SAM: Nós deixamos tudo o que era emocionalmente dificil ou de natureza sexual para as últimas semanas de filmagens. Chegou a um ponto em que precisávamos nos conhecer, construir uma confiança, que era importante para podermos chegar ao próximo nível. Esses dias no set eram calmos mas você podia sentir a tensão.
DAKOTA: Tiveram momentos dolorosos. Eu tive uma contusão quando Jamie me jogou na cama. Doeu muito. Eu queria que tivéssemos vídeos das gravações. Um dia, estávamos gravando uma cena na cozinha do Christian e eu achei que seria divertido me esconder em um armário. Eu puxei a maçaneta mas não era um armário de verdade. O set inteiro caiu em cima de mim.
JAMIE: Ela é bem engraçada. Não tão engraçada quando pensa, mas ela é engraçada. [Risadas]
DAKOTA: O fato de que eu podia rir com ele era uma coisa legal. Às vezes eu saía do set meio traumatizada. Mas dirigir até em casa sempre me fazia sair dessa. E uma grande taça de vinho.
JAMIE: Eu nunca tive um relacionamento nas telas tão intenso. Nós nos respeitamos e confiamos um no outro. Nós temos que gostar um do outro para fazer esse trabalho.
SOBRE OS FÃS, HATERS E A CONTAGEM REGRESSIVA PARA O ESTRELATO
SAM: Eu estou tão relacionada [com o filme] que eu não sei o que as pessoas vão gostar ou não nele. Acho que respeitamos o livro e entendemos o que os fãs querem ver. Mas também é diferente porque é muito visual. É claro que estou nervosa sobre como os fãs vão receber o filme; eu não seria normal se não estivesse.
JAMIE: As pessoas já falam “Oh meu Deus, você é o Christian Grey!” nas ruas. E eu falo, “Não, eu sou o Jamie! Eu sou um ator.” Quando o filme sair, isso deve acontecer mais. Eu não acho que você pode se preparar para isso . Você não pode colocar sacos de areia à sua volta. Eu vivo a minha vida. Eu tenho os mesmo amigos desde que eu era pequeno. Nenhum deles faz o que eu faço ou, francamente, dá a minima para o que eu faço. Apenas nos amamos. Se tem uma coisa onde eu me conforto é saber que nada disso vai embora, não importa o tamanho ou o que aconteça na minha carreira.
DAKOTA: Eu estou orgulhosa [do filme]. Eu discordo completamente de quem diz que Ana é fraca. Eu acho que, na verdade, ela é mais foirte que ele. Tudo o que ela faz é escolha dela. Se eu puder defender as mulheres para fazerem o que quiserem com seus corpos, eu estou dentro. Minha mãe veio me vistiar [durante as gravações]. Ela está orgulhosa. Mas eu não quero que minha familia veja [o filme], porque é inapropriado. Ou os amigos dos meus irmãos, com quem eu cresci. Eu acho que eles ficariam tipo blegh [Dakota imita ânsia de vômito]. Também tem uma parte de mim que não quer que ninguém veja o filme. Brincadeira.
JAMIE: Quando minha filha tiver 18 anos eu não vou falar “Você tem que assitir o papai em Cinquenta Tons de Cinza.” Mas vão existir coisas mais importantes para protegê-la do que ver a bunda do pai nas telonas.
Scans
Como Não Amar!!!!
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