É o sonho de quase toda jovem atriz, contar a seus pais que conseguiu um papel em um filme de um grande estúdio. Mas e se o filme for baseado no trabalho mais ardente já feito na literatura erótica?
“Meus pais são tão incriveis e me apoiam tanto,” diz Eloise Mumford, 28, que está no elenco da super aguardada adaptação cinematográfica de Cinquenta Tons de Cinza, o primeiro livro da trilogia escrita pela britânica E. L. James sobre despertar sexual que vendeu mais de 100 milhões de cópias até hoje. “Eu quero dizer, meu pai foi lá e leu o livro. O que foi muito fofo porque [o livro] realmente não é feito para o meu pai de 69 anos. Acho que quando eles souberam que eu não faria nada das coisas mais ‘quentes’ eles ficaram muito felizes e aliviados.”
Mumford interpreta Kate Kavanagh, a colega de quarto e confidente da estudante Anastasia Steele, que é consumida por um apaixonante affair que a leva aos seus limites com o rico e bonito Christian Grey. Quando Anastasia mantém os segredos mais escandalosos em segredo, até de Kate, a produção do filme também foi cercada de mistério – para construir uma ansiedade em antecipação, sem dúvida, mas também para evitar algum tipo de crítica dos fãs do livro. Na verdade, o anúncio de que Mumford estava no elenco veio apenas uma semana antes das filmagens começarem. “Não me deixaram contar para ninguém até anunciarem na imprensa,” ela diz, “Eu estava no avião para Vancouver quando a notícia saiu. Quando eu cheguei, meu telefone foi à loucura!”
Original do estado de Washington, Mumford estudou drama na universidade Tisch School of Arts de Nova York e na renomada Atlantic Theater Company e foi a substituta de Elisabeth Moss na reencenação de Speed the Plow em 2008. Tanto ‘pedigree’ intelectual combina com o resto da equipe e elenco de Cinquenta Tons: a diretora Sam Taylor-Johnson foi homenageada com o Order of the British Empire por suas conquistas em artes visuais, o cinegrafista Seamus McGarvey que recebeu duas indicações da academia por Anna Karenina e Atonement; e o ganhador do Grammy, o compositor Danny Elfman. Mesmo que essas credenciais possam sugerir que o filme está mais para uma audiência de galerias de arte do que para massas ecléticas, Mumford insiste que os fãs não precisam se preocupar.
“O filme é incrivelmente fiel ao livro,” ela disse, “Isso sempre foi uma prioridade: ter certeza de que quem ama o livro também vai amar o filme. Mas Sam é uma artista. Não está só colocando tudo junto. Ela está passando um bom tempo, junto com outras pessoas, para ter certeza que esse filme vai ser o melhor, artisticamente falando, como pode ser. Acho que as pessoas que não leram o livro vão achar que é um lindo filme, de qualquer forma.”
Mumford também fala que a história é tanto sobre amor platônico como uma obsessão romântica.
“Eu morei com algumas das minhas melhores amigas,” ela conta, “e essa coisa de contar segredos, manter segredos, apoiar e implicar e ser verdadeiro é muito presente na relação [de Kate e Anastasia]. Eu acho que conta muito sobre a verdadeira amizade entre mulheres.”
Então, se uma de suas melhores amigas estivesse namorando Christian Grey, qual seria seu conselho?
“Acho que eu seria parecida com Kate: muito protetora mas ainda assim encorajando”, Mumford fala, “Ela não quer que Ana se machuque. E acho que isso é um sinal em qualquer bom amigo. Você sabe, o que fizer a pessoa feliz contanto que ela não sofra. E ele tem um helicóptero.”
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