No final do dia, ela faz parte da terceira geração de estrelas de sua família. Filha de Melanie Griffith e Don Johnson (e neta de Tippi Hedren), em seus 25 anos, o momento que tanto sonhava desde criança finalmente chegou. Ela apenas tem que agradecer a Anastasia Steele, a protagonista feminina de Cinquenta Tons de Cinza.
A personagem do romance erótico de E.L. James era o papel mais cobiçado entre as jovens de Hollywood. Johnson nem se quer estava preocupada, mas conseguiu o papel interpretando um monólogo explícito de “Persona“, o filme mítico de Ingmar Bergman durante suas audições. Até esse momento, havia se mantido em um perfil relativamente baixo para filha de famosos como ela. Quando terminou seus estudos, entrou para uma agência de representação, trabalhou como modelo para empresas como Mango e começou a conseguir pequenos papéis em filmes como “A Rede Social“, e comédias como “Eternamente Casados” e “Anjos da Lei“, e o filme de ação “Need For Speed“. E também teve sua própria série de TV, “Ben and Kate“, mas durou apenas uma temporada na grade.
Johnson, que veste preto e está usando uma maquiagem leve, é amável, um pouco tímida e direta com as palavras. Me avisam que eu estou proibido de fazer perguntas sobre sua vida pessoal. E que isso também inclui sua família famosissíma. Noto que ela não quer falar sobre o que não é do seu assunto. Ainda que levou toda a sua vida escapando de Hollywood, ela nunca havia enfrentando a fama (e a imprensa) em primeira pessoa. Ela não é mais “a filha de…” ela é famosa por si só.
Acredito que depois que você conseguiu o papel, você teve que guardar segredo por algumas semanas. Isso foi uma tortura para você. Não foi?
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A personagem do romance erótico de E.L. James era o papel mais cobiçado entre as jovens de Hollywood. Johnson nem se quer estava preocupada, mas conseguiu o papel interpretando um monólogo explícito de “Persona“, o filme mítico de Ingmar Bergman durante suas audições. Até esse momento, havia se mantido em um perfil relativamente baixo para filha de famosos como ela. Quando terminou seus estudos, entrou para uma agência de representação, trabalhou como modelo para empresas como Mango e começou a conseguir pequenos papéis em filmes como “A Rede Social“, e comédias como “Eternamente Casados” e “Anjos da Lei“, e o filme de ação “Need For Speed“. E também teve sua própria série de TV, “Ben and Kate“, mas durou apenas uma temporada na grade.
Johnson, que veste preto e está usando uma maquiagem leve, é amável, um pouco tímida e direta com as palavras. Me avisam que eu estou proibido de fazer perguntas sobre sua vida pessoal. E que isso também inclui sua família famosissíma. Noto que ela não quer falar sobre o que não é do seu assunto. Ainda que levou toda a sua vida escapando de Hollywood, ela nunca havia enfrentando a fama (e a imprensa) em primeira pessoa. Ela não é mais “a filha de…” ela é famosa por si só.
Acredito que depois que você conseguiu o papel, você teve que guardar segredo por algumas semanas. Isso foi uma tortura para você. Não foi?
E como foi as reações das pessoas ao seu redor quando você contou?Na realidade foi maravilhoso, porque eu não tinha que falar disso com ninguém.
Todo mundo me perguntava se eu estava assustada.
E você estava?
Sim, claro. Me dava muito medo despir minha alma e meu corpo. Eu não me sentia apenas emocionalmente vulnerável, mas também, fisicamente exposta. Foi uma decisão difícil. Mas me pareceu um argumento interessante desde o início. Me intrigava. Aliás, eu penso que as coisas que mais nos assustam são, precisamente, as que nós temos que fazer.
É verdade que, como dizem, as cenas de sexo acabam sendo inteiramente mecânicas?
Sim, é quase como seguir uma coreografia. Sam logo criou um ambiente seguro e íntimo no set. Não digo que não foi algo incômodo ou estranho, porque foi, vivemos um momento algo que foi tudo, menos sensual, porque havia um senhor segurando um microfone a dois metros de mim.
A história de E.L James tem estado rodeada de polêmicas desde sua publicação. Você acha que a relação sexual que tem no livro é saudável?
Eu acho que é uma visão única e diferente das relações. Antes de fazer esse filme, eu não estava familiarizada com a subcultura sadomasoquista, é algo gigantesco e está presente em quase todo mundo. E eu acredito que seja totalmente saudável. São as pessoas que querem desesperadamente, elas não se aproveitam delas, e são as pessoas que tomam suas próprias decisões sexuais. Eu acho que Ana é uma mulher inteligente e elegante, que tem desejo de fazer o que quiser como o seu corpo.
Já chegaram em rotular o livro como “antifeminista”. Você entende essas críticas?
Você se considera feminista?É curioso, porque a maioria das pessoas que estão intrigadas com o filme são mulheres. E, sinceramente, acredito que temos feito um grande trabalho amplificando todo o lado emocional dessa história de amor. Não importam o que digam, é um estudo interessante sobre como ocorre a confiança e o controle entre as pessoas.
Sim, acredito que as mulheres tem que ser socialmente consideradas iguais aos homens. Por isso que fico curiosa quando falam que esse filme é antifeminista. Não posso imaginar um filme que defende mais a ideia de que as mulheres mandam em si mesmas. Posso entender porque a gente pensa que Christian Grey a domina, mas nada é contra sua vontade.
Também foi criticado a”glamourização” da violência do parceiro. Suponho que você não está de acordo…
Absolutamente não. Como já disse, esse filme tem a pedagogia sobre o que significa a subcultura sadomasoquista. É uma forma diferente de prazer e algumas pessoas gostam. E nós temos que aceitar e respeitar isso. Todo mundo deseja ter a vida sexual que quiser, ao menos que não machuque ninguém.
Esse é um tipo de papel que pode elevar ou afundar uma carreira. Não crie essa vertigem de perspectiva
Wow, obrigada.
Não vai me dizer que não é um papel arriscado para uma jovem atriz como você…
Bem, se as pessoas não gostarem do filme, não acontece nada. Algumas pessoas irão gostar e outras não. Haverá outros filmes. Esse não é a minha vida inteira.
Você tinha nove anos quando fez seu primeiro filme, “Crazy In Alabama”, dirigido pelo seu padrastro, Antonio Banderas. O que se lembra daquela experiência?
Na sua casa, te apoiaram ou tentaram tirar essa ideia da sua cabeça?Foi como: “Por favor, me deixe participar”. Cresci rodeada de gente criativa, por isso sempre pensei que, em algum momento, eu faria o mesmo que eles.
Cresci em um ambiente onde não aceitariam se não fosse algo que me expressasse.
E você sempre teve confiança?
E isso foi exatamente a razão pela qual você não estava com medo de fazer parte do mesmo ramo?Sim, eu acho que tive sorte. Mas também o infortúnio de ver o dano que essa indústria pode fazer a alguém. Meus pais já passaram por muita coisa. E minha família também. Isso me ajudou a ter coragem
Eu acho que seus pais deram a você várias dicas para sobreviver nessa indústria. Com qual delas você ficaria?Tudo é assustador, certo? Mas você tem que viver
Você se importa em falar sobre sua família?Sim, eles me deram. Mas eles me deixam tomar minhas próprias decisões.
Mas por que? Qual é o problema?Isso não me incomoda, mas incomoda a eles [aponta para os seus representantes que estão sentados em um canto intervindo imediatamente para eu mudar de assuntos]
OK, vamos falar sobre outras coisas,o que você sabe falar em espanhol? Isso tem incentiva a fazer um filme em nossa língua?É simples, eu não acho que preciso falar sobre a minha família
A fama sempre fez parte de sua vida, mas agora você está experimentando em primeira mão. É muito diferente?Eu acho que seria capaz, mas isso não significa que eu farei um. Se eu tentarei, meu espanhol é horrível, mas quando eu estou um pouco bêbada, eu falo fluentemente. Eu só tenho que me tornar uma alcoólatra. [risos]
O que você faz para proteger a si mesma?Sim, é. Quando eu era pequena, eu sempre era pisoteada quando as pessoas tentavam conseguir algo de minha mãe e de meu pai. Isso foi terrível porque eu procurava protegê-los e também procurava me sentir protegida. Eu acostumava pensar: “O que te faz achar que está ok assistir constantemente minha família?”. Quando eu amadureci, eu percebi que as pessoas ad simplesmente admiravam eles. Mas agora as redes sociais mudaram tudo, todo mundo é a imprensa. Eu acho que isso vem junto com o trabalho. Eu não sei. Eu sou apenas uma artista.
Você está em um momento crítico na carreira de qualquer atriz, as decisões que você faz agora podem ficar com você até o resto de sua carreira. Como você está escolhendo?Primeiro de tudo, eu não tenho redes sociais. Então, eu tento ter a vida mais normal possível. Eu gosto de passar tempo com meus amigos e é isso. Eu levo uma vida muito tranquila.
Onde você quer estar daqui a 10 anos?Eu escolho projetos que me animam, mas especificamente aqueles que me assustam. Se eu li um script e eu não consegui tirá-lo da minha cabeça, é o sinal definitivo que eu tenho que fazer.
Fazendo filmes que as pessoas gostem, e eu sonho em ter um rancho com cavalos em Nashville
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