Variety
Pearce está ferozmente impressionante aqui como um homem que desistiu da raça humana, mesmo antes da última rodada de calamidades, e se há vislumbres ocasionais
do homem amável, mais delicado que ele poderia ter sido uma vez, estamos mais frequentemente a par de seus instintos de sobrevivência selvagem. Mas é Pattinson que
acaba por ser maior surpresa do filme, que ostenta um convincente sotaque sulista trazendo uma dignidade discreta para um papel que poderia facilmente ter sido
ordenhado para efeitos sentimentais baratos. Com sua fala arrastada e seu olhar de cachorro pidão, Rey inicialmente sugere um Lennie Small dos tempos modernos, mas ele não
é tão retardado quanto socialmente reprimido – filho de uma mãe superprotetora de repente lançado aos lobos – e Pattinson nunca força ou exagera em nada, construindo uma
empatia com o personagem que é inteiramente merecida.
Ele torna-se um oásis de humanidade nesta gritante terra abandonada.