Durante sua passagem por Nova York, Kristen conversou com a Vanity Fair sobre Clouds of Sils Maria, Personal Shopper e mais. Confira:
O Clouds of Sils Maria, a recuperar de uma filmagem em que ela se sentia "realmente mais perto da morte em um filme do que eu já senti," está olhando para o futuro, como direção, ou talvez até mesmo uma indicação ao Oscar. Por Katey Rich.
Kristen Stewart tem o que ela chama de síndrome do “cair de bunda.” Retornando para Los Angeles antes do Natal após “uma longa semana de trabalho,” ela ainda está se recuperando das filmagens com Olivier Assayas – não Clouds of Sils Maria, o filme pelo qual ela ganhou o César Award na França e é uma aposta do Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante, mas Personal Shopper, um novo filme que Stewart chama de “uma história de fantasma realmente meditativa.”
E, não é por nada, talvez o filme mais difícil que ela tenha feito. “Eu, de verdade, me senti tão perto da morte em um filme,” Stewart diz. “É tipo 16 horas por dia, seis dias por semana, correndo o tempo todo em Paris. Literalmente corridas sem parar.” E o filme, agora em pós-produção, não é fácil para a mente, também. “[Assayas] meio que me deu essa oportunidade por um curto período de tempo para contemplar o infinito em um jeito muito assustador e desarmante, como aquelas pequenas perguntas que você ignora quando deita sua cabeça no travesseiro a noite. Tipo, ‘Estou sozinha, quem sou eu?’ Todas essas coisas incomodam ela.”
Resumindo, não espere que Clouds of Sils Maria seja a última vez que Stewart ganhe muita atenção por um filme que ela fez com Olivier Assayas. Apesar de estar atuando desde criança, e amiga de Julianne Moore desde que tinha 12 anos, Stewart talvez nunca tenha tido um ano revolucionário que nem 2015, no qual ela ganhou elogios por Sils Maria que pareceram finalmente tirar qualquer surpresa de que a menina de Crepúsculo é muito, muito talentosa. O discurso de agradecimento no César Award de Stewart foi repetido no New York Film Critics Circle Awards nessa semana, onde ela terminou com um rápido e nervoso, porém charmoso “tchau!” – sugerindo que o deslumbramento desse tipo de reconhecimento não está fora de moda.
E nem o deslumbramento de Juliette Binoche, sua co-star em Sils Maria com quem ela formou um laço enquanto Assayas mantinha sua distância no set. “Por mais que ele seja comprometido emocionalmente, tentar conseguir pensamentos ou impressões é como arrancar um dente,” diz Stewart sobre o diretor. “Toda a intimidade aconteceu entre nós quando nós íamos falar sobre nossas interações com Olivier com carinho e com essa admiração e amor.”
Stewart chama Binoche de “uma séria força a ser avaliada,” e alguém que ela admira mesmo que ela reconheça seus estilos diferentes. “Eu sou tão impressionável, sensível e delicada e ela está carregada e pronta para atirar em qualquer momento,” diz Stewart. “Apesar de que eu acho que é uma criação diferente quando se trata do modo que nós abordamos nosso trabalho: ela é uma veterana treinada, técnica e com experiência, eu sou um pouco menos do que isso. Eu sou muito mais acidental.”
E seus trabalhos imitavam o filme com frequência, no qual Stewart interpreta a assistente da personagem de Binoche que é atriz, e geralmente a ajuda a ensaiar as falas para uma peça. “Ela sempre tentava ensaiar comigo e eu corria dela no set,” admite Stewart. “Eu não consigo. Não estou pronta para dizer aquelas coisas ainda… Eu odeio ensaiar. Parece estranho.”
A vida real também aparece nas margens de Sils Maria com a introdução de uma personagem interpretada por Chloë Grace Moretz, uma estrela que está atualmente atuando em uma franquia grande – não muito diferente de Crepúsculo ou o próximo filme de Moretz, A Quinta Onda. As grandes franquias não eram geralmente um trampolin para novas atrizes até que Stewart e Crepúsculo chegaram e fizeram grande, e ela está ciente da tendência que ela começou. “É estranho ter feito essa coisa de franquia grande bem-sucedida e então ter um monte de garotas subindo no mesmo veículo e ficarem tipo, ‘Hey, como isso está indo para você?’ Elas são garotas muito interessantes e talentosas, e esse é o motivo pelo qual foram contratadas para esses trabalhos, porque elas foram muito cruas naquele momento e elas não sabiam o que esperar e entraram de cabeça. Basicamente, eu só estou esperando essas coisas acabarem. Eu estou definitivamente interessada no que Chloë faz no meio e em seus grandes projetos.”
Para Stewart, seu próximo grande projeto – assim que ela se recuperar de sua experiência de quase morte em Personal Shopper, pelo menos – poderia muito bem ser um em que ela dirige a si mesma. “Oh, sim, estou animada,” Stewart diz quando questionada se ela gostaria de dirigir seu próprio trabalho. “Eu realmente quero isso agora.” Ela está disposta a esperar o tempo e o material certos, mas ela tem as habilidades prontas para quando o momento chegar. “Eu acho que eu seria muito boa em colocar as pessoas na mesma linha,” ela diz. “Sim. Mal posso esperar.”
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